Uma adolescente dos Estados Unidos fez uma descoberta inovadora ao identificar um composto anti-câncer no cocô de ganso. Trabalhando sob a supervisão de pesquisadores da Universidade de Illinois, a estudante do ensino fundamental isolou uma bactéria presente nas fezes do animal, que produzia um composto com propriedades de combate ao câncer.
A descoberta faz parte de um programa educacional voltado para jovens estudantes, que aprenderam a cultivar e selecionar bactérias para avaliação científica. No caso do cocô de ganso, a bactéria Pseudomonas idahonensis foi identificada como produtora de uma substância chamada orfamida N. Essa substância, composta por dez aminoácidos e um resíduo de ácido, mostrou-se “citotóxica contra células de melanoma humano e câncer de ovário”.
A orfamida N demonstrou ser eficaz em inibir o crescimento de células cancerígenas em estudos laboratoriais, o que abre portas para futuras pesquisas sobre seu potencial no tratamento de cânceres humanos. Os pesquisadores destacaram que essa descoberta é uma forma de integrar educação científica com avanços na biotecnologia, além de fortalecer a relação entre a universidade e a comunidade local.
O programa educacional tinha como objetivo inicial a descoberta de novos antibióticos, uma tarefa que, embora complexa, levou a essa descoberta inédita de um composto com ação anticâncer. O estudo sobre o produto natural foi publicado na revista ACS Omega.
